PRÓ
LOGO
Uma vez, enquanto passeava num centro comercial, o Cláudio Ramos passou e olhou para mim.
De alto a baixo.
Eu não reparei na altura.
Disseram-me depois.
Quando tomei conhecimento, assumi que a ocorrência tinha sido mais que uma simples curiosidade.
Foi algo perturbante.
Uma estranha sensação de repulsa percorreu-me o corpo algum tempo após o incidente.
Uma espécie de náusea com jet lag assolou-me.
Não desejo isto a ninguém.
Pronto, podia ter sido pior.
Tipo… Não quero imaginar.
MOMENTO CLÁUDIO RAMOS
No treino do Benfica, Justino, treinador de guarda-redes, procurava comunicar com o recém-chegado Hans-Jörg Butt, guardião alemão acabadinho de chegar ao nosso país e, consequentemente, com domínio praticamente nulo da língua de Luís Vaz. A comunicação fez-se com o auxílio de linguagem gestual. O maestro Rui Costa, ao longe, gracejou: “Ó Justo, escusas de falar com ele que ele não percebe a língua de Chelas”. Justino replicou: “Percebe, percebe, eu sou um poliglota”.
Num assomo de dever público, a RTP emitiu esta peça num Telejornal. Mais palavra, menos palavra, a situação está toda aqui. Embora aparentemente simples, várias ilações se podem extrair deste trecho:
- Butt, em inglês, é sinónimo de “rabo” (a parte corporal). Creio que ele encontrou o clube certo para prosseguir a sua carreira. Toda a gente sabe que “rabo” e “merda” combinam na perfeição.
- Hans-Jörg Butt é homónimo de Nicky Butt, um médio inglês do Newcastle e amigo longínquo de David Beckham. Provavelmente, o Benfica enganou-se no “rabo”, pois com o Hans-Jörg fica com 3 guarda-redes no plantel (até ver), sendo sabido que só um é que joga, ao invés de ficar com um médio com poderia suprir a saída do portentoso Beto e do orelhudo Karagounis. Eles lá sabem. O “rabo” já está cá e já se equipa de cor-de-rosa. Não há coincidências?
- Rui Costa teve uma atitude altamente racista e xenófoba. Então em Chelas não se fala português? O que é que o maestro quis insinuar? Teria alguma coisa a ver com as minorias étnicas que por lá habitam? Será que o Rui Costa sabe quem é Sam The Kid, o paladino da língua portuguesa originário de Chelas? Saberá o Rui Costa os perigos a que se expôs? O Justino tem culpa de ser de Chelas (por acaso, até julgo que ele é do vizinho Bairro do Relógio)? Esperava outra atitude por parte do maestro, visto que ele é um exemplo para a juventude.
- Justino tem a alcunha de “Justo”. Até aqui tudo bem, é o que se espera dum treinador. O chocante foi ele assumir que em Chelas fala-se realmente outra língua, considerando-se a si mesmo um poliglota que domina tanto o português como o cheliano. Mais uma vez, os preconceitos retrógradas vieram à tona.
- Não fossem os Gato Fedorento benfiquistas primários, bem como uns humoristas selectivos que só brincam com o que querem e com o que não lhes afecta directamente (e estão no seu direito), e já imaginava um cartaz a zombar com o Rui Costa e o Justino à porta da Caixa Futebol Campus, que poderia ser “Vamos de férias para o estrangeiro, vamos a Chelas, boa viagem”, ou qualquer coisa assim. Deixo a sugestão.
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Ainda revolvendo em torno do tema Benfica e do seu jersey rosa: o Outra Louça captou a subtileza de Nuno Gomes há cerca de um ano, neste post. De tudo isto se infere que a decisão do equipamento alternativo ser rosa foi tomada após alguma reflexão. Há alguém no Benfica que percebeu as preferências de Nuno Gomes e que reconheceu a crítica atenta do Outra Louça. Não deve ter sido Luís Filipe Vieira. Os blogues não devem fazer parte do seu cardápio cultural. Se tiver cardápio cultural, claro.
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Comandante Sousa Monteiro, na SIC, a comentar o desastre no aeroporto de S. Paulo: “O avião é belíssimo”. Isto a ver uma imagem do avião totalmente destruído e em chamas.
Esperava que o Comandante soubesse utilizar melhor a língua portuguesa. Devia ter utilizado o pretérito perfeito do indicativo e não o absurdo presente do indicativo. Mais Diogo Infante fazia-lhe bem.

Uma vez, enquanto passeava num centro comercial, o Cláudio Ramos passou e olhou para mim.
De alto a baixo.
Eu não reparei na altura.
Disseram-me depois.
Quando tomei conhecimento, assumi que a ocorrência tinha sido mais que uma simples curiosidade.
Foi algo perturbante.
Uma estranha sensação de repulsa percorreu-me o corpo algum tempo após o incidente.
Uma espécie de náusea com jet lag assolou-me.
Não desejo isto a ninguém.
Pronto, podia ter sido pior.
Tipo… Não quero imaginar.
MOMENTO CLÁUDIO RAMOS

Num assomo de dever público, a RTP emitiu esta peça num Telejornal. Mais palavra, menos palavra, a situação está toda aqui. Embora aparentemente simples, várias ilações se podem extrair deste trecho:
- Butt, em inglês, é sinónimo de “rabo” (a parte corporal). Creio que ele encontrou o clube certo para prosseguir a sua carreira. Toda a gente sabe que “rabo” e “merda” combinam na perfeição.
- Hans-Jörg Butt é homónimo de Nicky Butt, um médio inglês do Newcastle e amigo longínquo de David Beckham. Provavelmente, o Benfica enganou-se no “rabo”, pois com o Hans-Jörg fica com 3 guarda-redes no plantel (até ver), sendo sabido que só um é que joga, ao invés de ficar com um médio com poderia suprir a saída do portentoso Beto e do orelhudo Karagounis. Eles lá sabem. O “rabo” já está cá e já se equipa de cor-de-rosa. Não há coincidências?
- Rui Costa teve uma atitude altamente racista e xenófoba. Então em Chelas não se fala português? O que é que o maestro quis insinuar? Teria alguma coisa a ver com as minorias étnicas que por lá habitam? Será que o Rui Costa sabe quem é Sam The Kid, o paladino da língua portuguesa originário de Chelas? Saberá o Rui Costa os perigos a que se expôs? O Justino tem culpa de ser de Chelas (por acaso, até julgo que ele é do vizinho Bairro do Relógio)? Esperava outra atitude por parte do maestro, visto que ele é um exemplo para a juventude.
- Justino tem a alcunha de “Justo”. Até aqui tudo bem, é o que se espera dum treinador. O chocante foi ele assumir que em Chelas fala-se realmente outra língua, considerando-se a si mesmo um poliglota que domina tanto o português como o cheliano. Mais uma vez, os preconceitos retrógradas vieram à tona.
- Não fossem os Gato Fedorento benfiquistas primários, bem como uns humoristas selectivos que só brincam com o que querem e com o que não lhes afecta directamente (e estão no seu direito), e já imaginava um cartaz a zombar com o Rui Costa e o Justino à porta da Caixa Futebol Campus, que poderia ser “Vamos de férias para o estrangeiro, vamos a Chelas, boa viagem”, ou qualquer coisa assim. Deixo a sugestão.
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Ainda revolvendo em torno do tema Benfica e do seu jersey rosa: o Outra Louça captou a subtileza de Nuno Gomes há cerca de um ano, neste post. De tudo isto se infere que a decisão do equipamento alternativo ser rosa foi tomada após alguma reflexão. Há alguém no Benfica que percebeu as preferências de Nuno Gomes e que reconheceu a crítica atenta do Outra Louça. Não deve ter sido Luís Filipe Vieira. Os blogues não devem fazer parte do seu cardápio cultural. Se tiver cardápio cultural, claro.
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Esperava que o Comandante soubesse utilizar melhor a língua portuguesa. Devia ter utilizado o pretérito perfeito do indicativo e não o absurdo presente do indicativo. Mais Diogo Infante fazia-lhe bem.
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EPÍLOGO

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