sábado, dezembro 12, 2009

Amor de Mãe

Leonor Cipriano. Para quem não sabe, ela é suspeita de ter morto a sua própria filha lá para os lados de Portimão, depois de ter chorado na comunicação social pelo seu desaparecimento. O seu azar é que ela é pobre e portuguesa. Devia pensar que ia ver o papa como os McCann. Era o ias.
Algures durante o processo, foi de cana e levou um enxerto de porrada. Como somos adeptos de julgamentos rápidos e justiça pelas próprias mãos, ninguém se queixou do uso desmesurado de violência, a não ser a própria Cipriano.
E em boa hora o fez. A sua imagem de olhos roxos, após ter sido supostamente espancada pela insuspeita Polícia Judiciária, está ao nível daquela imagem de Albert Einstein a mostrar a sua longa língua: são verdadeiros ícones. Só por dizer que um apareceu com a Teoria da Relatividade e a outra desapareceu com a filha, alegadamente cortada às postas por ter visto a mãe a fornicar com quem não devia.
Dizem que 2009 deve ser um ano para esquecer, por causa da crise. Balelas. A crise, desde que nasci, sempre esteve por aqui. À falta de melhor, a imagem da maltratada Cipriano faz com 2009 tenha valido para alguma coisa. Vejam só as possibilidades de enquadramento minimamente plausíveis que podemos dar a Cipriano. Com todo o respeito que nos deve merecer alguém que porventura assassinou a sua filha e deu uma parte do seu cadáver aos porcos, o resto para uma lixeira e ainda teve tempo para acabar de fornicar com o seu amante, com direito a squirting no final e tudo.
Resultado final, em termos meramente plásticos: Cipriano, 1 – McCann, 0.

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