segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Badocha

Dizem que as gordas são simpáticas. Isto não é verdade.
Algumas gordas poderão ser simpáticas. Assim como algumas trinca-espinhas.
Mas a maioria vive a vida com um enorme desplante hedonista. Não merecem que sintamos pena dela, se é disso que estão à espera. Estão sempre a comer e depois queixam-se que são “os genes” que não as deixam emagrecer. São umas viciadas em comida e umas adeptas fervorosas do stand-by. E é esta maioria que quero abordar.
E se a gorda deixasse de enfardar natas, pão com chouriço, caixas de chocolates inteiras, ovos estrelados, picanha, morcela, meia-dúzia de pacotes de fritos e gelados à colherada em cada refeição, como se fosse um desporto de fundo e ela a recordista?
Se não a víssemos com aquela gordura amarelada a acumular-se nos cantos da boca, com aquelas bochechas que parecem inchar todos os dias, escondendo os resíduos de alimento que dariam para alimentar metade de África nos seus dentes gastos e tortos; se não a víssemos com dificuldade a levantar-se do sofá que abaulou com o seu peso elefântico e mais as suas varizes e coxas impregnadas de celulite e óleos saturados; se ela não fosse assim tão disforme, com os olhos pequeninos a afundar-se na sua face abolachada que fermenta com efervescência perante a visão de uma construção de hidratos de carbono; se ela conseguisse ver os seus próprios pés sem ser ao espelho, será que a gorda poderia ser uma melhor pessoa?
Não, nem por isso, porque as gordas, no geral, são más pessoas.
Elas pensam que os outros pensam que elas são simpáticas, porque elas são gordas e, portanto, deverão compensar com atributos psicológicos o que lhes falta em atracção física. E as gordas, sabujas, jogam com este factor e tornam-se cínicas e imprestáveis.
A gente pensa, “Eh pá, a gorda não podia ter feito uma coisa destas”, mas ela não só fez, como retirou prazer em fazê-lo e ainda por cima destruiu o remanescente com o peso do seu corpo.
As gordas estão aqui para se vingar. Dão como impossibilidade certa tornarem-se alguém fisicamente mais apetecível e então apostam em lixar os outros.
Há dois tipos de gordas: as gordas de nariz empinado e as gordas fingidas. Estas últimas não tentam parecer mais gordas do que são, não é isso, mas são gordas que cometem as maiores atrocidades e depois ficam com aquele arzinho de quem nada fez e de quem só está interessada em comer o último pastel de nata, como se a sua vida disso dependesse (e se calhar, até depende). São seres francamente desprezíveis, apenas comparadas com as gordas de nariz empinado. Não pode haver nada pior que uma gorda de nariz empinado, a não ser vê-la nua e descobrir material capaz de mandar o boneco da Michelin para a reforma. São gordas que exibem um aparente orgulho na sua barriga de quem está prenha, mas na realidade isso é apenas algo utilizado como disfarce para a sua extrema insegurança e para a alvitrante inveja que sentem das demais mulheres. Embora não tão dissimuladas, porque deixam logo a entender que são umas feras, estas gordas são francamente irritantes e encaixam-se nas caves do edifício estratificante da sociedade, ao lado dos bandidos comuns, dos multimilionários, dos políticos e da Júlia Pinheiro, gente que nos merece pouco crédito (com excepção óbvia dos multimilionários – eles safam-se nestas questões) e a qual passamos bem sem. A gente pensa “Irra, a gaja, para além de gorda, é mesmo estúpida!”, dando por nós a cogitar que o seu horripilante aspecto físico é bem merecido e até suportável, dada a sua execrável forma de socialização.
Todas as gordas serão assim? Não. Apenas a maioria. Aquelas que nós achamos simpáticas e inofensivas nós nem as chamamos de “gordas”. Adelgaçamos na nossa mente. Serão as nossas mães ou irmãs. Talvez a nossa namorada mais forte que até tinha uns olhos giros. É isso mesmo – se a gorda é fixe, a gorda fica “forte”. Uma tipa “forte” é sempre um eufemismo que revela que a gorda em causa deve ser tratada com respeito. As “gordas”, porém, devem ser tratadas como as máquinas engolidoras de comida que são. E as “badochas” são as ultra-gordas, gordas que adicionam a todo este cenário negro pérfidos instintos sexuais, com que satisfazem os instintos sexuais dos apaixonados pelo peso e de pré-adolescentes em busca da sua primeira experiência sexual com um pedaço de carne.
As badochas constituem um sub-género dos filmes de terror. São mais que mórbidas, são criaturas loucas enviadas por Belzebu. São utilizadas em filmes de bestialismo, no justo papel de bestas. São o pesadelo de qualquer banco de transporte público. São um poço de doenças mentais, gástricas e venéreas. São quase indescritíveis na sua horrorosa conjugação intelecto-visual e assemelham-se a um Rochemback com propensão para marcar auto-golos, o que as torna quase indignas da vida que têm – mesmo que vivam bastante mal, como deverão viver.
Portanto, saibam distinguir entre os vários graus de gordura. Não vão atrás de preconceitos positivos sobre as gordas. E ousem desconfiar antes de confiar naquela gorda.

11 comentários:

Anónimo disse...

Doente e preconceituoso (a), com certeza voçe ja foi apaixonado por alguma gorda e tomou um fora , ou se for mulher ja perdeu algum macho para uma mulher gorda , e impressionante que em pleno século 21 exista uma pessoa tao doente e sozinha como voçe meus pezames eu sinto pena de voçe . procure um psicologo.

Rodrigues disse...

Farei isso quando procurares um professor de português. Pode ser?

Neto disse...

Olha eu tenho que confessar que já fui preconceituoso, mas depois que eu me apaixonei por uma menina gordinha, eu nunca mais quis saber de mulheres magras.
Eu adoro mulheres gordinhas, inclusive faço parte de varias comunidades no Orkut que fala sobre gordinhas.
São as melhores, as mais simpaticas, as mais gostosas.

Anónimo disse...

Talvez vc esteje falando aqui sobre aquilo que vc realmente é...
se vc não presta meu bem problema é seu... sinto pena de pessoas que, como vc, se sentem tão melhores que as outras que se acham no direito de julgar alguem por sua aparencia raça ou religião...
na verdade vc é um(a) merda e tem pena até de si mesmo(a)

Anónimo disse...

mas o k voçê tem contra as pessoas mais cheiinhas?rodrigues!
oxalá um dia nao venha a pertencer a esse grupo e então vai se lembrar que devia ter fechado a sua boca antes de dizer asneiras e redigir ducumentos parvos.
Sou grande amiga de varias pessoas que sao cheiinhas e nao é por o serem k vou simpatizar ou gostar menos delas, pois o que conta mais para mim é o interior de uma pessoa e o seu pelos vistos nao atrai ninguém! passe bem!!

Anónimo disse...

Rodrigues, você é um babaca preconceituoso, deve ser feio e mais, provavelmente deve ter ficado com uma gordinha e não deve ter dado conta. Rsrsss.... Tenho certeza que foi isso. Veja bem, eu sou um cara esbelto, bacana até por sinal, as mulheres dizem que sou lindo e minha mulher é gordinha. Eu amo ela. Dá de goleada, é gostosa e eu sou fã das cheinhas. Sempre namorei mulheres cheinhas e não me arrependo. São SIMPÁTICAS, LINDAS, GOSTOSAS, SABOROSAS e TESUDAS. Cara, você é complexado, não deve ter dado conta. Rsrsss...

Rodrigues disse...

O Gaynaldo Gianecchini já vem ao Outra Louça à procura de fotografias de gordas e deixa comentários e tudo. Show dji bola, cara.

Anónimo disse...

Seu doente mental
Para mim você só pode ser doente
Seu idiota ,que preconceito mais besta.
vai procurar um serviço

Rodrigues disse...

Não rimou.

Anónimo disse...

Se mata!!!

seu infelizzz!!!!!

acho que vc tem algumproblema ou é gordo!!!complexado

Rodrigues disse...

Problema a sério é andar à procura de fotos de monumentos celulíticos para se masturbar e não saber escrever (nem ler, arrisco eu).