sexta-feira, outubro 02, 2009

Não Pode Ser

A Joana Amaral Dias não pode ser “de esquerda”, seja isso um posicionamento político, um bloco, a mão com que aperta preferencialmente os seus mamilos, a forma como conduz, etc.. Vocês percebem. É demasiado boa para tal. Claro que me refiro apenas ao aspecto físico. Que é aquilo no qual todos reparam. Até o Louçã, que de vez em quando deve esfregar os olhos e pensar em nacionalizar a Joana. A própria Joana devia gostar de ser para o povo. Era uma situação win-win. Assim o Louçã estaria muito mais perto de me convencer a votar nele.
Quando a Joana abre a boca, ela até pode ser muito parecida ao resto das gajas de “esquerda”. Em termos muito vagos, julgo que ela fala das “desigualdades sociais”, “direitos adquiridos”, “rendimento mínimo”, o blá-blá-blá do costume. Mas ninguém repara. Ela estar para ali a falar ou estar a dormir vai dar ao mesmo. Se ela dançasse em frente a um varão, aí sim, o pessoal levava-a em conta. Faz toda a diferença face a todas as outras gajas “de esquerda”.
Não, ela não pode ser “de esquerda”. As gajas “de esquerda” são, como dizer?, uns camafeus do caraças. Gajas maltrapilhas que andam com fitinhas e missangas e malabarismos com bolinhas e que, por vezes, até cospem fogo; gajas de sandálias, que deixam transparecer pés sujos e tatuagens banais; sujeitas envergando roupas rasgadas e baratas com o cara do Che Guevara, fumando tabaco de enrolar do mais reles que se pode encontrar no mercado; tipas que desprezam o conceito de depilação, mantendo cabelos desgrenhados com cortes preferencialmente curtos, certamente para agradar às outras lésbicas que elas tanto prezam; indivíduas com 1,6m no máximo e que estão cheias de sinais e borbulhas e que são demasiado magras ou com uns quilos a mais. Portanto, elas cumprem os requisitos certos para retirar a libido a um gajo. Até a Ana Drago, que se tem esforçado para melhorar a imagem, é vesga. Na realidade, a Ana Drago era o protótipo de uma gaja “de esquerda”, até ver que o pessoal reparava muito mais na Joana e decidir aperaltar-se mais, realçar o sinal estratégico na cara como se fosse uma Catarina Furtado com discurso de Robin Hood e utilizar um soutien dois números abaixo. Mas nós sentimos que há algo ali que ainda não bate certo. A Ana não é uma Joana. Aquilo é uma espécie de lagartixa que queria chegar a jacaré. O mais certo é chegar a velha e ser tão irritante como a Helena Pinto com a sua voz de cana rachada. Mas, pronto, é fisicamente mais apetecível que a Odete Santos, embora isso não seja nenhum troféu em particular.
Se a Joana for mesmo “de esquerda”, coisa que até agora ninguém foi capaz de identificar com rigor, então é a excepção que confirma a regra. Tenho para mim que as pessoas não conseguem resolver o paradoxo de ver uma gaja boa “na esquerda” e então confundem-se e não a levam a sério. Por exemplo, pensamos todos que os propalados convites telefónicos de outros partidos eram apenas meros engates do género “e se fôssemos beber um copo esta noite? Sem compromissos, só para passarmos um bocado de tempo juntos a conversar, que tal?”. Não lhe auguro um grande futuro político. Por outro lado, ela daria uma grande capa da Playboy.
Gostávamos muito de vê-la nessa vertente mais fashion, a sério. Para já, os seus atributos físicos parecem ser todos naturais e ela tem aquele ar de quem é muito intelectual por ter estudado psicologia e escrever colunas nos jornais que ninguém lê – o que seria um considerável avanço para a revista, depois de ter apresentado cantoras pimba e modelos em claro declínio na carreira impregnadas de silicone. No caso da Joana, isso poderia servir para lançar-lhe uma carreira como uma femme fatale em filmes e séries de TV.
Sim, porque a carreira política não é para ti, Joana. O teu aspecto visual é que é o teu grande activo, não é aquilo que eventualmente pensas. Na política, o pessoal quer ouvir homens velhos, carecas e gordos a falar. De ti, a gente espera apenas ver-te. Com o mínimo de roupa possível. Ficarás indignada com esta espécie de machismo descarado, como boa mulher “de esquerda” que dizes ser. E quando fazes esse ar de zangada… és mesmo sexy. Tu sabes.

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