quarta-feira, setembro 27, 2006

Mais Um Pouco de Pornografia

Primeiro reparei na mãe. Era generosa fisicamente. Tratava-me bem. Depois de termos relações, ela arrumava-se no seu roupão e trazia-me bolinhos enquanto víamos os anúncios a passar na televisão.
Depois reparei na filha. Perdi-me de desejo por ela.
Apercebi-me que tinha estado errado o tempo todo. O que eu gosto mesmo é da raparigas novas, fresquinhas, prontas a estrear nos meandros do sexo. Já não queria saber de peles flácidas, seios descaídos, dentes amarelados pelo café e tabaco e aquela convicção mental arrogante de tudo julgar perceber àcerca dos sentimentos das outras pessoas, outrora tão inspirador de confiança e hoje tão ultrapassado, tão decrépito.
As mulheres maduras apodreceram para mim. Ganhei repulsa daquelas conversas usuais sobre telenovelas, mexericos de bairro e decorações interiores. Causavam-me mal estar. Adélia interrogava-se:
- Então, Américo, que se passa? Faltam-te forças?
Não aguentava mais. O meu cérebro parecia um disjuntor que cortava toda a minha corrente físico-sexual perante ela, a mãe. Tive de sair de cima dela ao fim de breves instantes. Adélia não estava contente, não podia estar contente, começou por desconfiar dela mesma.
- Engordei um bocadinho, não foi? – intrigava-se diante do espelho, preocupada.
- Esquece, tive um dia cheio de stress, deve ter sido isso – referi, de forma a não ferir susceptibilidades.
Mentia. Para ela e para mim. Eu já não conseguia interessar-me nela depois de reparar na Karina. A sua filha. Essa sim, jovem fogosa e incandescente na sua puberdade explosiva de vida. Era um raio de sol, a menina. Quê?, 15 anos? Que interessa. Ela era a provocação personificada num corpinho tenro. Imaginava-a a cavalgar sobre mim, sorrindo com plena felicidade inocente, entregando os seus louros cabelos ao sol e o seu corpo com tímidos pêlos púbicos que teimam em aparecer a mim.
Karina não tinha outros vícios que não a alegria de viver. Ousava experimentar. Adélia estava cheia de preconceitos. Julgava que conseguia perceber tudo. Inclinei-me para Karina de uma forma suficientemente explícita. Tinha idade para ser pai dela. E Karina, esperta como só a juventude consegue ser, sorriu perante o meu fascínio patético, beijando-me a testa. Adélia amuou. Lá no fundo, conseguiu mesmo acertar desta vez – fora trocada pela filha, o amante dela já não a prefere, mas sim uma jovem, a filha dela.
- Não prestas para nada, Américo… Metes-me nojo, tarado.
Não me considerava um tarado. Naquela altura, gostava de raparigas virginais. É natural. Enjoei-me das formas envelhecidas e da mentalidade corrompida. Abracei com ardor as curvas juvenis e os pensamentos livres, pueris. Não descansei enquanto não levei Karina para o meu carro. Ela, talvez maliciosa, talvez inocente, revelou-me os seus pequenos seios, erectos. Perguntou-me se gostava do que via. Perdi o controlo.
Deixei que ela me manipulasse com os seus 15 aninhos repletos de sensualidade. Rendi-me como um boneco de estimação nas mãos dela. Beijei-a e acariciei o corpo dela como se estivesse a sorver vida da sua boca, pescoço e peito. E ela surpreendeu-me ao abocanhar-me o sexo. Chupou-me como se fosse um gelado. Lambeu-me como se fosse um chupa-chupa. Mexeu-me como se fosse um ursinho de peluche. Explodi na bela cara dela, enchendo a sua boca com uma pasta branca aquecida, estragando a sua pastilha elástica de mentol. Ela estava sorridente e aquele sorriso foi um ponto final felicíssimo daquela jornada de prazer inolvidável.
No dia seguinte, fui esperá-la à escola outra vez. Nada. Liguei para Adélia. Nada. Dirigi-me a casa dela. Nada. Uma vizinha disse que Adélia pegara nas malas e abalara para parte incerta. Não estava com cara alegre. Nem ela, nem Karina.
Mesmo se regressarem, Adélia irá repelir-me e Karina ficará sob protecção reforçada. Perdi-as, tenho consciência disso, ao querer das duas o que só uma me podia dar. Que se lixe. Estive com a mãe, diverti-me com a filha. Saboreei a carne de mulheres distintas e ambas souberam-me bem, em tempos diferentes.
Querem um homem com vontade de praticar pecados carnais sem medo de arrependimento? Têm-me a mim. Para mim, cada mulher encerra uma experiência diferente. Acredito que sou um homem normal, ansioso por desnudar as mulheres, senti-las, gozar e seguir para a próxima. Não posso ser um pervertido, são homens como eu que dão continuidade à espécie. Tarados são os outros, pedófilos, homossexuais, transexuais, necrófilos, zoolófilos. Eu apenas tenho vontade de provar o outro sexo, como deve naturalmente ser. E todas as mulheres acabam por me satisfazer, de uma forma ou doutra, ontem, hoje ou amanhã.
Haverá questões éticas pelo meio? Eventualmente. Adélia certamente que achou que sim, do alto da sua propalada experiência. Para mim, o que é importante agora é saber quem é a brasileira cuzuda que está a olhar para mim naquela mesa. Já alguma vez estiveram com uma brasileira? Eu não. Gostava de tentar.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tem essa necessidade de passar de mulher em mulher porque ainda não se apaixonou. Ainda não sentiu amor de verdade. Porque quando amar de verdade uma mulher, amor mesmo, não atracção física, aí sim, não precisará de mais ninguém, nem quererá mais ninguém.
Nem quererá sequer imaginar que ela também goste de experimentar outros homens…