domingo, maio 10, 2009

Maria


É bom saber que há marcas nas quais podemos confiar. A “Maria” é uma delas. Não temos dúvidas das potencialidades desta revista quando folheamos uma: fotografias e mais fotografias de toda a gente e mais alguma, inevitáveis dramas de amor, receitas de paixão, aconselhamentos para qualquer perversão, guias astrológicos indispensáveis, tudo sobre telenovelas e, acima de tudo, frases especialmente tentadoras para a descontextualização.
Os rumores da “Maria” são pipocas que estalam por cada página folheada. Os títulos da “Maria” são onanismos coscuvilheiros plenos de cor e pontos de exclamação.
E tem sido assim desde que nos conhecemos. A “Maria” nunca esteve mais gorda ou mais magra. Ela sempre foi um adorável vácuo de coisas vãs. Uma amiga sempre presente que nos dá a mão. Uma líder de mercado.
O máximo que podemos fazer é mostrar-lhe o nosso profundo respeito. Sejamos felizes como a “Maria” nos ensina.

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