terça-feira, agosto 14, 2007

O Hiper-Pepino

Um pepino gigante deu à costa (passe a expressão). Tamanho registado por cientistas avalizados: aproximadamente 60 centímetros de comprimento. Muito centímetro de fruto (sim, o pepino é um fruto… mas se lhe chamarem vegetal, ele não se importa). É claro que tal fenómeno só foi possível… exacto, escusava de referir: Torres Novas.
Estava a brincar… é perto daí, na nossa Roswell.
Para além da enorme publicidade, o agricultor pode pensar: “Ena pá, temos aqui matéria que chegue para fazer uma boa caldeirada de pickles”! Mas não nos podemos deter somente dentro da esfera agro-alimentar.
Vejamos as reacções das mulheres e dos homens.

Uma ovação sentida no XIX Convénio das Feministas de Ribeira de Pena. Uma ovação de pé que durou minutos e sublinhou o encerramento dos trabalhos, subordinados ao tema “Cartão de Crédito – Mais Que Um Acessório de Plástico, o Nosso Pacemaker Social”. Nota-se um sorriso maroto nalgumas delas. Alguma expectativa e ansiedade. Uma ligeira acumulação de baba. Os pensamentos que invadem estas cabeças são inenarráveis, embora facilmente percepcionáveis. Os olhos arregalados dizem tudo. Existe uma forte convicção de que este hiper-pepino pode ser produzido em massa, para gáudio das mulheres. E porque é que este pepino é uma bênção? Porque é o mais desejado dos clássicos 2 em 1: o hiper-pepino é, simultaneamente, um enorme “dildo” natural e uma fonte de vitaminas, magnésio e potássio sempre bem-vinda em qualquer dieta. Disse “dildo”? Esqueçam. Queria dizer “fenómeno”. É que as feministas, bem vistas as coisas, não têm prazer – só ódio e inteligência em estado puro, a única capaz de entender a profundidade deste achado. Se notarem bem, lá ao fundo parece estar a Margarida Rebelo Pinto. Ou a Pinto Correia. Uma delas. Ou as duas. Estão encobertas. Com pena nossa.

Nas hostes masculinas, este foi o sentimento generalizado. É fácil de compreender a sensação de abandono. Tudo para que os homens sempre serviram o mundo feminino está posto em causa: a produção em massa destes hiper-pepinos tornará inútil o homem. O português caiu em desgraça, em primeira-mão. Mas a crise alastrar-se-á aos outros homens doutras paragens. Restam-lhes os bancos de esperma e esporádicas visitas às lojas de roupa dos centros comerciais, na qual farão o papel de observador e carregador de sacos. Serão as únicas formas viáveis de satisfazer as mulheres daqui em diante.

1 comentário:

caditonuno disse...

coitado do homem, felizes das mulheres...

ainda bem que nao é todos os dias que nasce assim um pepino destes!